|
Programação
Fotos
Palestrantes
William Golino
Ângela Grando
Raimundo Carvalho
Alain Herscovici
Clara Luiza Miranda
Bernardo Barros C. de Oliveira
César Huapaya
Marcio D’olne Campos
César Cola
Marcos Moraes
Sérgio Álvares
Alexandre Moraes
Márcia Jardim
Sônia Missagia
Aissa Guimarães
Wilberth Claython
Mónica Vermes
Almerinda Silva Lopes
Maria Cristina Correia L. Pereira
Ricardo da Costa
|
|
Música
e Literatura: a Kreisleriana de Robert Schumann e de E.T.A. Hoffmann1
Mónica Vermes2
Em carta escrita a 4 de abril de 1839, Clara Wieck
- provavelmente a mais talentosa e bem-sucedida pianista do século
19 -, então noiva do compositor Robert Schumann, escreve-lhe:
“Ouve, Robert, tu não
poderias somente uma vez compor algo brilhante, fácil de
entender e sem inscrições – uma peça
totalmente coerente, não demasiado longa nem demasiado curta?
Gostaria tanto de ter algo teu para tocar que seja especificamente
destinado ao público. Obviamente um gênio achará
isso degradante, mas a política o requer de vez em quando.”
3
Neste apelo, Clara sintetiza algumas das características-chave
da obra para piano de Schumann e nos permite apreender alguns dos
principais problemas enfrentados pelo compositor na comunicação
com seu público e que se refletiam de maneira decisiva na
sorte do casal. Schumann havia pedido a mão de Clara a seu
pai em 1837, seguido de grandes esforços mal-sucedidos para
convencer Wieck e da transformação do caso numa batalha
judicial. Uma estratégia para ajudar a convencer Wieck da
competência de seu postulante a genro para sustentar sua filha
era que este mostrasse sua capacidade e, talvez principalmente,
sucesso público como compositor. A obra de Schumann, no entanto,
era tipicamente recebida com adjetivos que evidenciavam sua dificuldade
de “digestão” pelo público burguês:
estranha, bizarra, confusa, incoerente. E as características
dessa obra que contribuíam para essa comunicação
truncada aparecem insinuadas na carta de Clara: a ausência
de virtuosismo que maravilhasse a platéia, o uso freqüente
de referências literárias – evidentes ou elaboradamente
codificadas -, peças longas demais ou curtas demais –
como coleções de miniaturas/fragmentos que exigiam
do público mais que uma admiração extática,
precisavam de um engajamento intelectual ativo para que fizessem
algum sentido.
O público precisa, então, ser educado.
E é em parte devido a essa convicção –
não podemos esquecer também as aspirações
literárias de Schumann desde a juventude – que ele
se dedica à atividade da crítica musical. Contribuindo
com ensaios publicados nos principais periódicos da época
desde 1831 (quando contava com 21 anos), em 1834 Schumann funda
– com um grupo de amigos – o Neue Zeitschrift für
Musik [Novo Periódico Musical]. O propósito do periódico
é explicado no prefácio à edição
de uma coletânea de artigos publicados em 1854: ante o estado
– que consideravam lamentável – da música
na Alemanha, um grupo de jovens se reunira no intuito de fazer alguma
coisa para salvar a situação, para “devolver
a poesia da arte a seu devido lugar de honra”4.
O projeto crítico do periódico é apresentado
mais claramente no “Editorial de Ano Novo” de 1835:
“Nossos princípios
básicos foram estabelecidos no começo. São
simples: lembrar de tempos mais antigos e de suas obras e enfatizar
que somente de uma tal fonte pura é possível gerar
novas belezas artísticas; ao mesmo tempo opor-se às
correntes do passado mais recente, originárias da mera virtuosidade
e, finalmente, preparar o caminho e acelerar a aceitação
de uma nova era poética [...].”5
Na prática da crítica musical, no entanto,
Schumann vê-se à frente de uma questão fundamental:
como falar de música? ou – de forma ainda mais extrema
– é possível falar sobre música? Em duas
passagens significativas de sua produção crítica,
Schumann coloca claramente esse problema: ao discutir o Concerto
para piano No. 7 de John Field, sugere que “a melhor maneira
de resenhar este concerto seria acrescentar mil cópias dele
a este exemplar do Neue Zeitschrift como suplemento
especial”6;
ou ao colocar em questão seu papel, ao dizer que “o
mais nobre destino do crítico musical é tornar-se
supérfluo. A melhor maneira de falar sobre música
é não dizendo nada sobre ela!”7
Ao fazer essas afirmações, Schumann
manifesta sua convicção de que a música traz
embutida em si sua própria explicação/crítica
e que o crítico profissional – ainda que necessário
para ajudar a estabelecer/restabelecer a comunicação
com o público – idealmente se tornaria desnecessário.
É possível observar nessas colocações
de Schumann um eco dos princípios defendidos pelo grupo primeiro-romântico
alemão, reunido em torno do jornal Ateneu, no final do século
18.
Um de seus mais importantes representantes, Friedrich
Schlegel, afirmara em um de seus fragmentos:
“Poesia só pode
ser criticada por poesia. Um juízo artístico que não
é ele mesmo uma obra de arte na matéria, como exposição
da impressão necessária em seu devir, ou mediante
uma bela forma e um tom liberal no espírito da antiga arte
romana, não tem absolutamente direito de cidadania no reino
da arte.” 8
Quem faz inicialmente a ponte entre o pensamento
primeiro-romântico de Schlegel e a música, no entanto,
não é Schumann. O principal mérito dessa “tradução”
é do escritor, crítico musical e compositor –
entre outras atividades – Ernest Theodor Amadeus Hoffmann.
Contribuindo como crítico com um dos principais periódicos
musicais do período, o Allgemeine musikalische Zeitung [Periódico
Geral de Música], Hoffmann publica uma resenha em três
partes sobre a Quinta Sinfonia de Beethoven em julho de 1810. Nessa
antológica resenha, Hoffmann comenta, a respeito do primeiro
movimento da Quinta Sinfonia:
“Não há
idéia mais simples que aquela na qual Beethoven baseou todo
seu Allegro e percebemos com admiração como foi capaz
de relacionar todas as idéias secundárias e episódios
pelo seu conteúdo rítmico a este tema simples... os
episódios e alusões constantes ao tema principal demonstram
como o movimento inteiro com todas as suas características
distintivas não foi meramente concebido na imaginação,
mas fica claro que foi também pensado minuciosamente.”
9
Não é difícil imaginar, levando
em conta a tradição sinfônica do século
18 e a produção anterior do próprio Beethoven,
o desconcerto com que os ouvintes devem ter recebido sua Quinta
Sinfonia. A repetição sistemática do motivo
inicial – marcante, mas que não chega a constituir
uma melodia – poderia dar lugar a dúvidas: a música
já começou ou esta é apenas uma introdução?
É só com o desenrolar da peça
que se pode perceber que, sim, o movimento já havia começado.
E a utilização desse motivo inicial como material
gerador não só de todo o movimento – como destaca
Hoffmann em sua resenha -, mas de toda a sinfonia faz com que seja
necessário acompanhar o desenrolar da peça para poder
entender a função daquilo que já fora apresentado.
Desta forma, Beethoven engaja seu ouvinte intelectualmente e obriga
o pensamento a voltar atrás e ressituar aquilo que já
havia sido ouvido. É neste sentido que esta música
funciona como uma crítica de si mesma, que se apresenta como
se fosse se construindo à medida que é ouvida.
É para este procedimento inovador que Hoffmann
chama a atenção de seus leitores e é aí
que residem as aspirações criativas de Schumann, a
dificuldade na recepção de sua obra e sua convicção
de que uma das melhores maneiras de criticar uma obra musical seria
anexando sua partitura.
***
Um encontro particularmente feliz entre Schumann
e Hoffmann dá-se na Kreisleriana.
A Kreisleriana de Hoffmann é uma coleção
de treze textos curtos de gêneros variados que tratam –
direta ou indiretamente – de assuntos musicais. O título
advém do Kapellmeister Johannes Kreisler, compositor, regente
e professor de música de natureza temperamental e volúvel,
que serve de eixo para o ciclo.
A coleção não conta linearmente
a história de Kreisler, mas propõe um retrato multifacetado
do compositor. A idéia de ciclo é reforçada
pelo desfecho que sugere uma coincidência ou resposta ao início
e está também incrustada no nome de sua personagem
principal: Kreis, em alemão, significa precisamente "ciclo"
ou "círculo". Para além, no entanto, desse
movimento circular, a Kreisleriana contém um rico complexo
de relações internas, com outras obras de Hoffmann
e com obras musicais e literárias de outros autores.
A personagem Kreisler - que já aparecera
antes da Kreisleriana como assinatura em artigos de Hoffmann publicados
em diferentes periódicos, insinua-se em outras obras do autor
e ganha novamente uma posição central no último
romance (inacabado) de Hoffmann, Lebensansichten des Katers Murr
[A vida e opiniões do gato Murr]. O subtítulo do livro,
nebst fragmentarischer Biographie des Kapellmeisters Johannes Kreisler
in zufälligen Makulaturblättern [com uma biografia fragmentária
do Kapellmeister Johannes Kreisler em folhas soltas de papel usado],
estabelece o mote central da obra: um gato educado escreve sua autobiografia
em folhas esparsas de papel em cujo verso fora escrita a biografia
de Kreisler. O material é enviado ao editor e, por um descuido,
o texto de ambas as faces do papel é impresso, misturado
e fora de ordem.
A idéia, evidentemente absurda, de um gato
letrado torna-se aqui uma ficção em segundo grau:
quando Murr escreve sua autobiografia utilizando as páginas
da biografia de Kreisler, quase acreditamos que Kreisler tenha,
de fato, existido. Como destaca Jeremy Adler na introdução
a sua tradução do romance ao inglês, a destruição
do livro de Kreisler para servir de suporte à obra de Murr
transforma a autobiografia do segundo em um palimpsesto, neste caso,
o palimpsesto mais concreto em uma obra que incorpora uma rede de
citações e referências - literárias e
musicais - e na qual "a literatura surge através de
um diálogo com a arte anterior, sendo ao mesmo tempo imitação
e canibalismo estético"10.
O resultado desta colagem improvável - que não só
entremescla duas camadas de texto, mas no qual estas dialogam -
e o "canibalismo estético" não deixam de
ser duas formas de leitura/crítica.
Não cabe aqui uma análise detalhada
do romance, mas gostaríamos de apontar algumas das características
da construção do texto e suas relações
com a Kreisleriana. Das duas narrativas, somente a do gato segue
a ordem cronológica convencional e o texto é retomado
do ponto onde havia sido deixado após cada interrupção.
A biografia de Kreisler aparece fora de ordem e sem continuidade,
faltam segmentos e a narrativa começa pelo episódio
que corresponderia, numa cronologia linear, ao final. Ao ser organizado
dessa maneira, o texto vai revelando aos poucos detalhes sobre a
identidade e histórico das personagens e eventos descritos
no primeiro episódio e faz com que seja necessário
chegar ao final do livro para que possamos entender com clareza
o que ocorrera antes, ou seja, leva-nos de volta ao início,
desenhando um círculo.
A idéia do círculo, para além da estratégia
formal empregada pelo autor, é tematizada pela personagem
Kreisler. Ao discutir a respeito do significado de seu nome, Kreisler
comenta:
“Não, não
há como escapar da palavra Kreis, que significa círculo,
e os céus determinaram que ela nos faça pensar naqueles
maravilhosos círculos nos quais se move toda a nossa existência
e dos quais não podemos escapar, não importa o que
façamos. Um Kreisler circula nesses círculos, e muito
provavelmente, exausto pelos saltos e pulos da dança de São
Vito que é obrigado a realizar, e em dificuldade com a força
escura e inescrutável que delineou esses círculos,
ele freqüentemente deseja mais do que o que um estômago
de constituição fraca permitiria.”
11
Esse estado de assombro ante uma realidade inescapável
e que supera sua compreensão não é, no entanto,
exclusividade do protagonista humano do romance. O estudioso e letrado
gato Murr mostra também que - apesar de sua erudição
- a lógica da humanidade lhe escapa, mantendo-se um eterno
estrangeiro no mundo dos homens. Em certas situações
não fica claro se Murr não se ajusta perfeitamente
à humanidade mais por ser gato ou por ser poeta.
A Kreisleriana e A vida e opiniões do gato
Murr têm mais em comum que a personagem central, mas são
também mais do que duas versões - uma resumida e outra
ampliada - da história dessa personagem. Em ambas encontramos
os princípios de circularidade, duplicidade, recorrência
motívica, em ambas a música é colocada em uma
posição central, como meio privilegiado de tradução
dos hieróglifos em que está cifrado o universo, mas
ambas são também duas maneiras diferentes de reinventar
o modo de contar uma história. Nas duas versões da
história de Kreisler chegamos ao final desconhecendo muitos
elementos de sua vida - e a ignorância sobre detalhes da vida
de Kreisler pode ser também considerada um motivo reiterado
em ambas as obras -, mas o propósito em nenhum dos dois casos
é estabelecer rigorosamente quem foi e como viveu o Kapellmeister.
O que as duas obras nos proporcionam é uma leitura que leva
o pensamento em volutas semelhantes àquelas que provavelmente
desenharia a música de Kreisler.
***
A Kreisleriana de Schumann é normalmente associada
à obra homônima de Hoffmann. Charles Rosen, no entanto,
defende que "a obra está baseada ... menos na coleção
de histórias e ensaios chamada Kreisleriana que no romance
Gato Murr"12.
Acreditamos, no entanto, que determinar se uma ou
outra obra é a fonte literária na base da criação
de Schumann seja uma questão secundária. Avesso à
mera adoção de um programa literário a ser
sonorizado, é plausível acreditar que Schumann tenha
proposto no ciclo uma leitura ao mesmo tempo mais frouxa - na medida
em que não pretende reproduzir minúcias da obra literária
- e mais estreita - na medida em que toma da obra literária
o que lhe é mais profundo - do universo kreisleriano presente
tanto no ciclo como no romance de Hoffmann. Não podemos subestimar,
no entanto, a importância da maneira como Hoffmann transforma
Kreisler (e as relações que o caracterizam: com a
música, com o mundo) em literatura e é aí que
reside o brilhantismo do autor: as obras dedicadas a Kreisler não
são apenas sobre ele, são como ele.
É possível levar esse argumento ainda
um passo adiante considerando que essas obras são mais como
Kreisler que sobre Kreisler, uma vez que ele aparece em ambas em
uma posição excêntrica: na Kreisleriana é
delineado a partir de sua ausência, como num negativo, e no
Gato Murr insinua-se pela publicação acidental de
seu material biográfico fragmentado e desordenado. A tentativa
de construir uma narrativa linear que nos contasse quem foi e como
viveu Kreisler demandaria que se estabelecesse uma coerência
e uma cadeia de causalidades que não se coadunam com uma
visão de mundo em que este aparece como um complexo apenas
parcialmente coerente e inteligível e no qual aquilo que
há de mais significativo resiste às palavras. Essa
fragmentação inevitável ao mesmo tempo instaura
e registra o processo reflexivo, que gera uma circularidade ao mesmo
tempo centrípeta - voltando-se para dentro, para a própria
obra - e centrífuga - retornado ao mundo, do qual é
uma leitura e a escrita possível.
A Kreisleriana de Schumann caracteriza-se também
por essa fragmentação: em um plano mais amplo, pela
sua própria organização como ciclo de oito
peças de caráter contrastante, e pela constituição
das peças individuais, nas quais o fluxo, a tendência
à continuidade, tende a ser quebrado. A esses dois planos
de fragmentação soma-se ainda um terceiro: o ciclo
começa num movimento impetuoso que parece dar continuidade
a um movimento que já fora iniciado anteriormente e termina
dissolvendo-se no silêncio. O ciclo aparece ele próprio
como um grande fragmento composto de fragmentos, estes também
fragmentados internamente.
Os procedimentos que causam a fragmentação
das peças individuais variam de peça a peça,
mas apontam invariavelmente para a existência de um criador
que intervém, fazendo-nos lembrar constantemente de que a
música que ouvimos é criada - e por vezes, procurando
iludir-nos de que está sendo criada -, eliminando assim a
ilusão estética. Essas intrusões deslocam o
foco da atenção para o próprio processo criativo,
colocando a música em diálogo consigo mesma no jogo
irônico que está na base do romantismo e da crítica
romântica.
As estratégias irônicas que Schumann aplica variam
nas diversas peças do ciclo, mas elas têm em comum
o fato de se apresentarem como uma negação, neutralização
ou interrupção daquilo que seria o fluxo musical que
poderia ser entendido como normal ou natural.
É possível estabelecer um vínculo
entre o ciclo de Schumann e a obra de Hoffmann em três planos
diferentes. Em primeiro lugar, peculiaridades do estilo de composição
musical atribuído a Kreisler (ou valorizado por ele) que
se encontram realizadas na Kreisleriana de Schumann. Em segundo
lugar, existe uma similaridade entre os princípios composicionais
da obra musical e da obra literária. Nesta categoria incluímos
os princípios de circularidade, dualidade, fragmentação
e excentricidade/assimetria. Em terceiro lugar e incorporando as
outras duas categorias, está a identidade de princípios
estéticos entre Schumann e Hoffmann/Kreisler. Está
incluída aí a idéia de que a música
é mais que pura diversão, ou seja, a criação
musical é entendida como atividade intelectual de primeira
categoria; a idéia de que a criação do novo
passa por uma leitura e absorção dos melhores exemplos
do passado; e a idéia de que a criação constitui
uma decifração da natureza ou, de maneira mais ampla,
do mundo.
Ao longo dos séculos 19 e 20 nos acostumamos
a ouvir o repertório romântico – particularmente
da primeira metade do século 19– como peças
para deleite. A apreciação e análise de uma
obra musical, ainda que importantes em si mesmas, podem tornar-se
mais plenamente significativas ao abrir, utilizando a expressão
de Lawrence Kramer, suas “janelas
hermenêuticas”13. Observar
uma obra de arte em diálogo com sua época e suas personagens
– ou seja – procurando restabelecer a teia da qual ela
faz parte, nos ajuda a resgatar – por trás de qualquer
projeto de transcendência – a profunda humanidade que
sempre impregna a produção humana.
A propósito, Robert casou-se, sim, com Clara.
Fontes
- CHARLTON, David (Ed.). E.T.A.
Hoffmann's musical writings: Kreisleriana, The poet and the composer,
music criticism. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
- DAVERIO, John. Robert Schumann: herald of a “New poetic
age”. Nova York: Oxford University Press, 1997.
- HOFFMANN, E.T.A. The life and opinions of the tomcat Murr: together
with a fragmentary biography of Kapellmeister Johannes Kreisler
on random sheets of waste paper. Londres: Penguin, 1999.
- KRAMER, Lawrence. Music as cultural practice, 1800-1900. Berkeley:
University of California Press, 1990.
- PLEASANTS, Henry (Ed.). Schumann on Music: a selection from the
writings. Nova York: Dover, 1988.
- ROSEN, Charles. The romantic generation. Cambridge, MA: Harvard
University Press, 1995.
- SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre a poesia: e outros fragmentos.
São Paulo: Iluminuras, 1994.
Notas
1
- Texto apresentado em 02.04.2004.
2
- Professora de música no Departamento de Teoria da Arte
e Música/Car/Ufes.
3
- Clara Wieck, citada em Daverio, 1997, p. 137.
4
- Pleasants, 1988, p.13.
5
- Pleasants, 1988, p.28.
6
- Pleasants, 1988, p.106.
7
- Pleasants, 1988, p. 112.
8
- Fragmento Crítico 117. Schlegel, 1997, p.38.
9
- Charlton, 1989, p. 244.
10
- Hoffmann, 1999, p.xxii.
11
- Hoffmann, 1999, p. 50-51.
12
- Rosen, 1995, p. 672.
13
- Kramer, 1990, p.9-13.
|
|