EDITORIAL
Sempre foi nosso desejo que questões importantes
para o estudo da obra de arte, brevemente esboçadas nas salas
de aula (e nos corredores e vernissages), pudessem ser criticamente
desenvolvidas. Do mesmo modo, sempre foi nosso desejo que nossas
discussões ganhassem outros espaços, abarcando cada
vez mais vozes. Pois é legítimo pensar que, ao nos
aproximar do embate direto, o diálogo coletivo nos aproxima,
também, das respostas às questões do nosso
tempo.
Durante esses últimos dois anos isso tem começado
a acontecer. Incentivados pelas atividades desenvolvidas no estudo
das disciplinas de Teorias da Arte, do Centro de Artes/UFES (ministradas
pelo professor William Golino), surgiram o primeiro caderno de críticas
realizado pelos alunos do curso de artes e, posteriormente, a resposta
dos artistas. Esses têm sido anos bons. Viemos trabalhando
e consolidando nosso Tempo de Crítica como um espaço
inventivo e democrático de reflexão e debate sobre
arte contemporânea.
Tempo de Crítica continua com a gentil colaboração
de Rosemary D. Silveira na revisão dos textos, exceto quando
da livre opção dos autores ou casos específicos
(neste número: os textos de Edileuza Penha de Souza e Marco
Antônio Oliva).
Aproveitamos o momento para convocar estudantes,
professores, críticos e artistas a participarem conosco deste
projeto na esperança de que, mais do que permanecer, este
diálogo gere, efetivamente, conhecimento. Textos e críticas
para publicação podem ser encaminhados para o nosso
endereço eletrônico (criticas@tempodecritica.com).
Agradecemos a todos que têm colaborado nessa
investida, acreditando em nossos esforços para ampliar a
discussão crítica e ajudar na fixação
da crítica de arte no estado.
Longo abraço a todos.
Miro Soares
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